Conhecemo-nos
de longa data, e nossos melhores encontros são no silêncio de meus
pensamentos, quer esteja descansando, distraído ou simplesmente
contemplando algo que me roubou a atenção do conturbado dia a dia
do mundo de hoje.
Sempre
tive a liberdade de perguntar, e de tão natural, esquecia-me das
múltiplas questões que pipocavam na minha mente, enquanto eu as ia
arremessando, às vezes sem uma ordem correta ou conflitante entre si
mesma, contudo, Ele sempre soube como fazer desse caos de duvidas,
uma ordem perfeita nas respostas.
Os
assuntos não possuem um tema específico, nem iniciam e termina no
mesmo tema necessariamente. Com o tempo percebi que mesmo discorrendo
sobre diversos temas, no final, percebia que todos abordavam um mesmo
elemento chave, e que muitas vezes ele era o elemento principal que
trazia à luz as respostas que eu tanto ansiava.
Aqui
vão alguns dos nossos diálogos. Sinta-se a vontade para refletir...
1. Deus existe?
Sim. Independente de você acreditar (ou não) na Sua existência, ou na Sua natureza.
2. Quem é Deus?
Deus é mente, é infinito, eterno e é vida. E em Sua mente, tudo o que você conhece ou desconhece já existe em perfeição e harmonia.
3. Existe ainda tanta guerra e, como a guerra pode ser perfeita?
Não falei que era. A guerra ao longo da evolução humana tem sido o caminho mais fácil de afirmar valores – erroneamente nobres ou divinos – quando a limitação do intelecto é incapaz de afirma-se em palavras ou atitudes simples e justas. A guerra é fruto do livre-arbítrio humano (um dom que é muito pouco apreciado), e não de Deus. Aliás, o livre-arbítrio é o maior tesouro divino que a humanidade possui. Sem ele, os seres humanos seriam fantoches do Criador e não seus filhos. Um Pai que deseja que Seus filhos cresçam e andem, deve ter também a infinita paciência de espera-los finalmente, pararem de tropeçarem e cair. A queda e a dor que provem da mesma, são responsáveis por fazer o cérebro amadurecer as suas conexões, e, ensinar a todos a andar em equilíbrio; não um equilíbrio gratuito, mas sim, um equilíbrio conquistado – mesmo com alguma cicatriz. O mérito do equilíbrio está em querer andar, e não na dor da queda. Do mesmo modo, o mérito do ser humano está em conhecer cada vez mais sobre si mesmo, e não na dor que sofreu por escolher caminhos tortuosos, movido pela vaidade, orgulho, inveja ou ambição desenfreada.
4. Se Deus é infinitamente paciente quanto as nossas atitudes, aonde se encontra o pecado que tantos falam?
Não se encontra.
5. Como não! Matar, roubar, blasfemar o Criador não quer dizer nada?
Não disse isso. Não confunda a Criação de Deus com a criação das religiões feitas pelos homens.
6. Mas, o que os homens criam, não fazem parte também da obra de Deus?
Correto.
7. Se as religiões fazem parte da obra de Deus, como o pecado que elas pregam não tem a ver com o Criador?
Você confunde “ser Deus” e “fazer parte de Deus”.
8. Não entendi.
O que Deus é está no momento além do que você imagina conhecer, mas, conhecerá. Contudo, Ele é mais simples do que você pode pensar. Não existe pecado, punição ou expiação na obra de Deus e sim, na obra dos homens. Afinal de contas, por que o Criador, sendo eterno, infinito e perfeito, teria em Sua mente um instrumento de constrangimento, aflição e punição aos seus amados filhos, se os abençoou amorosamente com o livre-arbítrio?
9. Mas, se há milênios as religiões pregam sobre os pecados humanos diante de Deus, então elas mentem em nome Deus?
Ninguém mente a Deus, Ele é onisciente. Há apenas uma pequena e ingênua confusão: os homens não pecam diante de Deus, mas diante de si mesmos; o pecado é a consciência em conflito diante de inúmeros princípios morais e éticos que foram estabelecidas pelas mais diversas sociedades humanas, como parte da sua cultura e religiosidade no decorrer de seu aprendizado. O pecado só existe para o ser humano, porque ele tem a autoconsciência das suas atitudes, e o livre-arbítrio para medi-las ou julgá-las.
10. Então, eu posso fazer o que quiser, pois, estarei no paraíso?
Correto.
11. Do que adianta então, eu me dedicar ao bem se, outras pessoas que matam e causa sofrimento as outras, vão ter o mesmo destino que eu. Isto não parece injusto aos olhos de Deus?
Não confunda. Todos estarão no paraíso, pois, nunca o deixaram. Contudo, ter a consciência do mesmo, já é outra história...
12. Então a Terra é o paraíso? Pensei que era o inferno...
Pense na Terra como quiser. Ela pode ser tanto o paraíso como o inferno, ou ambos – na verdade isto depende de como cada um vive a sua vida e trata a do teu semelhante.
13. Mas, isto não responde como nós nunca deixamos o paraíso...
O paraíso já é em si toda a criação de Deus – conhecida ou não por você. Eu já falei: Deus é mente, é infinito, eterno e é vida. Logo, não há na Sua criação, uma região privilegiada, pois TODOS na Sua criação têm o mesmo valor e recebem o mesmo amor. Repito: Deus é MENTE, e o paraíso está na mente de qualquer ser humano; não se vai ao paraíso, mas sim, conquista-o na autoconsciência do mesmo, através da reflexão e da prática da bondade, misericórdia e perdão.
14. E quanto aos que matam e causam sofrimentos às outras pessoas?
Levarão mais tempo do que outros para conquistar esta autoconsciência. Contudo, serão arrebatados pelo silencioso amor de Deus.
15. Quer dizer que quem morre jovem chega primeiro ao paraíso do que um idoso?
Eu não disse que a “morte” é um pré-requisito à autoconsciência do paraíso.
16. Como então, alguém que teve poucos anos (ou horas) de vida e experiência, pôde ter essa autoconsciência em comparação a um idoso – isso sem contar se esse alguém vive em lugar remoto, longe da realidade urbana do Século 21?
Tempo e espaço é apenas é um estado de consciência. Você pode ficar entretido com algo (ou alguém), e depois perceber que já se passaram horas. Da mesma forma, você pode passear por lugares que estão a quilômetros de distancia, e depois perceber que estava apenas relaxado (não dormindo) na tua residência. Para uma pessoa ansiosa, poucos minutos parecem uma eternidade, para uma pessoa calma, o dia passa tão rápido... Já parou para refletir que o tempo de Deus não é necessariamente igual ao teu ou do teu semelhante?
17. Independente da noção de tempo e espaço, uma pessoa idosa teve mais oportunidades e experiências de vida. Como explica isso?
Não limite as oportunidades que Deus dá aos seres humanos com as efêmeras oportunidades que os seres humanos dão a si mesmos. O tempo de todos é mais amplo do que esta aparente linha de “vida” que começa no “nascimento” e acaba com a “morte”. Considere este “intervalo” de tempo como um ciclo de uma vida eterna. Não há pressa no esquema da Criação; tudo tem o seu lugar e o seu momento. Contudo, cada um traça o seu próprio caminho – afinal, não é a ordem dos caminhos que importa, e sim, o que se faz em cada caminho.
(continua)
1. Deus existe?
Sim. Independente de você acreditar (ou não) na Sua existência, ou na Sua natureza.
2. Quem é Deus?
Deus é mente, é infinito, eterno e é vida. E em Sua mente, tudo o que você conhece ou desconhece já existe em perfeição e harmonia.
3. Existe ainda tanta guerra e, como a guerra pode ser perfeita?
Não falei que era. A guerra ao longo da evolução humana tem sido o caminho mais fácil de afirmar valores – erroneamente nobres ou divinos – quando a limitação do intelecto é incapaz de afirma-se em palavras ou atitudes simples e justas. A guerra é fruto do livre-arbítrio humano (um dom que é muito pouco apreciado), e não de Deus. Aliás, o livre-arbítrio é o maior tesouro divino que a humanidade possui. Sem ele, os seres humanos seriam fantoches do Criador e não seus filhos. Um Pai que deseja que Seus filhos cresçam e andem, deve ter também a infinita paciência de espera-los finalmente, pararem de tropeçarem e cair. A queda e a dor que provem da mesma, são responsáveis por fazer o cérebro amadurecer as suas conexões, e, ensinar a todos a andar em equilíbrio; não um equilíbrio gratuito, mas sim, um equilíbrio conquistado – mesmo com alguma cicatriz. O mérito do equilíbrio está em querer andar, e não na dor da queda. Do mesmo modo, o mérito do ser humano está em conhecer cada vez mais sobre si mesmo, e não na dor que sofreu por escolher caminhos tortuosos, movido pela vaidade, orgulho, inveja ou ambição desenfreada.
4. Se Deus é infinitamente paciente quanto as nossas atitudes, aonde se encontra o pecado que tantos falam?
Não se encontra.
5. Como não! Matar, roubar, blasfemar o Criador não quer dizer nada?
Não disse isso. Não confunda a Criação de Deus com a criação das religiões feitas pelos homens.
6. Mas, o que os homens criam, não fazem parte também da obra de Deus?
Correto.
7. Se as religiões fazem parte da obra de Deus, como o pecado que elas pregam não tem a ver com o Criador?
Você confunde “ser Deus” e “fazer parte de Deus”.
8. Não entendi.
O que Deus é está no momento além do que você imagina conhecer, mas, conhecerá. Contudo, Ele é mais simples do que você pode pensar. Não existe pecado, punição ou expiação na obra de Deus e sim, na obra dos homens. Afinal de contas, por que o Criador, sendo eterno, infinito e perfeito, teria em Sua mente um instrumento de constrangimento, aflição e punição aos seus amados filhos, se os abençoou amorosamente com o livre-arbítrio?
9. Mas, se há milênios as religiões pregam sobre os pecados humanos diante de Deus, então elas mentem em nome Deus?
Ninguém mente a Deus, Ele é onisciente. Há apenas uma pequena e ingênua confusão: os homens não pecam diante de Deus, mas diante de si mesmos; o pecado é a consciência em conflito diante de inúmeros princípios morais e éticos que foram estabelecidas pelas mais diversas sociedades humanas, como parte da sua cultura e religiosidade no decorrer de seu aprendizado. O pecado só existe para o ser humano, porque ele tem a autoconsciência das suas atitudes, e o livre-arbítrio para medi-las ou julgá-las.
10. Então, eu posso fazer o que quiser, pois, estarei no paraíso?
Correto.
11. Do que adianta então, eu me dedicar ao bem se, outras pessoas que matam e causa sofrimento as outras, vão ter o mesmo destino que eu. Isto não parece injusto aos olhos de Deus?
Não confunda. Todos estarão no paraíso, pois, nunca o deixaram. Contudo, ter a consciência do mesmo, já é outra história...
12. Então a Terra é o paraíso? Pensei que era o inferno...
Pense na Terra como quiser. Ela pode ser tanto o paraíso como o inferno, ou ambos – na verdade isto depende de como cada um vive a sua vida e trata a do teu semelhante.
13. Mas, isto não responde como nós nunca deixamos o paraíso...
O paraíso já é em si toda a criação de Deus – conhecida ou não por você. Eu já falei: Deus é mente, é infinito, eterno e é vida. Logo, não há na Sua criação, uma região privilegiada, pois TODOS na Sua criação têm o mesmo valor e recebem o mesmo amor. Repito: Deus é MENTE, e o paraíso está na mente de qualquer ser humano; não se vai ao paraíso, mas sim, conquista-o na autoconsciência do mesmo, através da reflexão e da prática da bondade, misericórdia e perdão.
14. E quanto aos que matam e causam sofrimentos às outras pessoas?
Levarão mais tempo do que outros para conquistar esta autoconsciência. Contudo, serão arrebatados pelo silencioso amor de Deus.
15. Quer dizer que quem morre jovem chega primeiro ao paraíso do que um idoso?
Eu não disse que a “morte” é um pré-requisito à autoconsciência do paraíso.
16. Como então, alguém que teve poucos anos (ou horas) de vida e experiência, pôde ter essa autoconsciência em comparação a um idoso – isso sem contar se esse alguém vive em lugar remoto, longe da realidade urbana do Século 21?
Tempo e espaço é apenas é um estado de consciência. Você pode ficar entretido com algo (ou alguém), e depois perceber que já se passaram horas. Da mesma forma, você pode passear por lugares que estão a quilômetros de distancia, e depois perceber que estava apenas relaxado (não dormindo) na tua residência. Para uma pessoa ansiosa, poucos minutos parecem uma eternidade, para uma pessoa calma, o dia passa tão rápido... Já parou para refletir que o tempo de Deus não é necessariamente igual ao teu ou do teu semelhante?
17. Independente da noção de tempo e espaço, uma pessoa idosa teve mais oportunidades e experiências de vida. Como explica isso?
Não limite as oportunidades que Deus dá aos seres humanos com as efêmeras oportunidades que os seres humanos dão a si mesmos. O tempo de todos é mais amplo do que esta aparente linha de “vida” que começa no “nascimento” e acaba com a “morte”. Considere este “intervalo” de tempo como um ciclo de uma vida eterna. Não há pressa no esquema da Criação; tudo tem o seu lugar e o seu momento. Contudo, cada um traça o seu próprio caminho – afinal, não é a ordem dos caminhos que importa, e sim, o que se faz em cada caminho.
(continua)
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