sexta-feira, 8 de julho de 2016

Amor, Fé, Deus - Atualizado em 01-Jan-17


Introdução

    Se há alguma coisa que me intriga, não é por exemplo as leis da física quântica; a origem ou destino do Universo; como o genoma humano será daqui a mil anos; cidades submarinas já serão coisas naturais diante de uma superpopulação ou teremos reduzido-nos em número, diante de novas guerras ou da mão forte e implacável da natureza contra os nossos abusos... É, tanto faz.

    Mas de uma coisa eu tenho certeza: A humanidade (ou o que restar dela) ainda continuará andando com três grilhões e usando-os como causa e efeito para tudo o que é bom ou ruim, afinal são também valores subjetivos.

    Não é ao acaso que escolhi estas três palavras, três valores, três maneiras que possuem infinitas interpretações à mente humana. Afinal, se somos o que somos e fazemos o que fazemos, deve-se ao que a mente de cada um concebe, reflete, interpreta e materializa.

    Uma coisa é certa, o ser humano em toda a sua história sempre esteve acorrentado a estes grilhões. Seja para justificar alguma atitude, um pensamento, um sentimento ou uma razão de ser e/ou viver.

    Seria possível a humanidade aprender a viver (e conviver) sem estes grilhões na mente? Seria a vida neste planeta mais pacífica sem a intromissão destes grilhões nas decisões humanas? Seria possível aplicar os valores e os direitos inalienáveis do ser humano sem a apelação do Amor, da e de Deus?

    Ao meu ver, é possível sim, alias é muito fácil, desde que cada ser humano deixe de lado o seu orgulho, a sua vaidade, a sua arrogancia...

    Amor, e Deus ainda são hoje usados como pretexto para instalar o terror, a guerra, a intolerância e o sofrimento alheio. Não é apenas uma constatação na inversão de valores, pois isto só é possível quando o Amor, e Deus são propagados às pessoas ignorantes e desesperadas na pobreza social em que encontram-se.

    Os países querem acabar com as guerras e o terror? Então que alimentem o mundo com comida e livros. Bilhões de toneladas de bons alimentos são jogados fora, o mesmo serve para as literaturas já usadas e que vão para o lixo! Por que falar tanto de Amor, e Deus quando bilhões de dólares são gastos para comprar balas, armas, mísseis, bombas? Se nada disso vai para um prato vazio de comida, ou para uma sala de aula...

    Com tanta tecnologia, o mundo e a humanidade estão ficando cada vez mais pobres. Pobres na mente e no coração. Cada vez mais todos endividam-se para obter o mais novo smartphone para perder horas do dia em redes sociais, mas não são capazes de usar um pouco deste tempo com um pouco de caridade, compaixão, tolerância, compreensão e humanidade.

    Como é possível alguém dormir em paz consigo mesmo, assistindo dia após dia nos noticiários, nas redes sociais que tanto gosta, vendo seus governantes não fazerem nada e esquecer de que os mesmos estão lá pelo voto popular. Não tem como você não sentir-se responsável, mesmo que não tenha escolhido quem está te representando, se você continua omisso e não cobra daqueles que vivem bem às custas dos teus impostos... Quem é o babaca aqui que sai para estufar o peito e falar (ou defender) o Amor, e Deus?

    Não há meio-termo. Para tudo há causa e efeito, e ambos são alimentandos pela cobiça, a ganância, a luxúria, a vaidade e o orgulho. É exatamente o que hoje temos (em qualquer país): Uma ignorância viva e sem precedentes na humanidade! É até compreensível "justificar" os erros cometidos há séculos e milênios passados, pois a humanidade da época outrora não possuía o conhecimento e vasta tecnologia de hoje. Que "desculpa" ou pretexto você quer usar?

    Se eu escrevo assim, é porque desde criança estive cercado do maior tesouro da humanidade: Os livros que a minha família tinha e os que eu buscava nas bibliotecas. Um dia eu parto deste mundo como qualquer pessoa, mas nada do que comprei irei levar, apenas o conhecimento (teórico é pratico) que eu usei nesta vida, pois estes estão na minha mente, na minha alma, no meu ser.

    O mundo não é feito para você mas por você, por cada um de nós. Vivemos contudo, um paradoxo de uma vida resplandescente de ciência e conhecimento, assim como de corações duros e mentes mergulhadas nas trevas da ignorância e comodismo, aclamando repetidas vezes as palavras Amor, e Deus. Mas na prática, não fazendo nada!

    É isso que chamam de evolução?