quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Metamorphose

(clique nas imagens para ampliá-las)


    Dando continuidade a proposta de desmitificar a dificuldade de usar o Linux, apresento a distro Metamorphose que é uma ótima opção para usuários Linux iniciantes ou aqueles usuários Windows que ainda sentem um frio na espinha em usar uma distro Linux.

    Apenas para constar, eu vou ter que atualizar esta postagem pois se esta distro já era excelente agora ficou maravilhosa, o que vai fazer-me tirar novos instantâneos. Uma coisa é certa, para quem pensa que a melhor distro amigável  é o Ubuntu, não vai mais pensar nele depois de conhecer o novo Metamorphose.

    Eu sei que há centenas e centenas de distros Linux o que torna impossível alguém conhecer a fundo todas. Eu particularmente gosto de experimentar distros Linux - seja usando um DVD, pendrive ou através de uma Máquina Virtual (MV) - e todo o mês eu baixo pelo menos alguma imagem, mas não sou um "viciado" em Linux - na verdade se eu assim fosse, até que não seria um vício ruim :-).

    Eu baixo porque aprecio o esforço de poucos entusiastas em tornar melhor e mais seguro a nossa relação neste ciberespaço que é a WEB

    A instalação do Metamorphose é a das mais simples e intuitivas dentre inúmeras distros Linux. É comum nas instalações - tal como nas instalações do Windows - geralmente uma distro Linux mostra uma página para definir o idioma, teclado, etc.

   Esta é uma distro brasileira e bastante intuitiva em dispensar tais definições manuais, pois esta detecta a tua geolocalização na WEB evitando muitas etapas de configuração. Todo o hardware da tua máquina é analisado e os drives necessários vão ser instalados automaticamente, tanto é que, a instalação já inicia no teu idioma.
 


    O máximo (e óbvio) é que você tem que definir qual partição (pronta ou a criar) esta distro deve ser instalada e as informações de praxe para a tua conta de usuário e de Administrador (root).

    No meu caso, devido ao Brasil ser um país de dimensão continental, eu apenas tive que redefinir a cidade, pois o meu IP foi direcionado para a cidade de São Paulo, e esta mudança é feita no relógio na barra de ferramentas, algo nada mais complicado que isso.
 


     Se notar neste instantâneo, além de um simples relógio e calendário, ao lado encontram-se descritos os feriados no mês do país em questão, se você não quiser é só desmarcar nas configurações de data e hora.



    Logo após a instalação, ao reiniciar o sistema surgirá uma tela com as opções de boot. Como de praxe, toda distro Linux instalada fica em primeiro lugar desta lista e depois os outros sistemas que já encontravam-se instalados. É lógico que antes de personalizar o teu Linux, você atualize-o para estar melhor protegido.
 
 
    Apesar da instalação ser intuitiva, é uma boa ideia fazer o teu Linux procurar o melhor servidor que te permita baixar dos repositórios em pouco tempo tudo o que a tua distro precisa, além dos aplicativos que mais tarde você queira baixar.


    Depois de uma breve varredura na WEB vai surgir uma tela semelhante a esta de cima com o melhor servidor já selecionado. Contudo isto não te impede de escolher outro. De tempos em tempos, vale a pena refazer esta operação, pois um novo e melhor servidor pode já estar disponível. Este procedimento é feito através do aplicativo Synaptic, um velho conhecido gerenciador de pacotes. Depois de conhecê-lo, você vai adorar usá-lo.

    O Synaptic fica em Sistema > Synaptic, não tem o que errar.




    O Synaptic é muito simples de usar, e talvez para o usuário iniciante no Linux este pareça um pouco complicado por fornecer bastante informação sobre tudo o que está instalado ou que pode ser instalado, algo bem apreciado por qualquer usuário. É só uma questão de tempo para perceber porque muitos gostam do Linux. Tudo é feito às claras.

    Para quem chega acostumado com o Windows que quase não pergunta nada ao usar algum aplicativo, vai perceber porque o Linux é mais seguro. Na hora de instalar (ou desinstalar) algum aplicativo ou fazer alguma configuração (como alterar a data ou hora), é necessário fornecer a senha de Superusuário (Administrador no Windows) que você definiu na instalação.

 
    Eu sei que é tentador, mas é profundamente recomendável não marcar a opção "Lembrar senha".

    Se souber o nome de algum aplicativo (ou parte do mesmo) pode usar a caixa de pesquisa para encontrá-lo ou saber se o mesmo já está instalado. Também você pode usar palavras como "browser", "game", "player", etc, para ter uma lista mais focada na tua busca. Os arquivos marcados com verde estão instalados. O Synaptic não mostra apenas o aplicativo instalado, mas todos os arquivos (ou complementos) que são usados pelo mesmo ou que possam ser usados e que estão disponíveis no repositório desta distro.

    Em Configurações > Repositórios, clicando em Baixar de: surge algumas opções dos servidores, clicando em outro... Você verá a lista completa, como você não faz ideia do que escolher, clique no botão "Selecionar Melhor Servidor" e o Linux se encarrega de encontrar o melhor para você.

    Um dentre muitos destaques do Metamorphose é a notificação de atualização, bem mais amigável que o Windows Update, pois esta não apenas mostra que há arquivos a serem atualizados, mas a possibilidade de selecionar quantos e quais atualizações devem ser feitas sem a necessidade de abrir o Synaptic.



    Clicando no botão Instalar você pode dar início ao processo, clique no ícone de notificação para ocultá-lo. Caso queira ver o que pode-se atualizar ou instalar, você pode usar o Apper. Em Sistema > Ferramenta do KDE > Apper.







    Ou de forma mais prática, você pode usar o terminal e digitar:
$ sudo apt-get update

digite a tua senha de Superusuário (root), o Linux vai preparar a lista do que precisa ser atualizado. Quando terminar (o cursor aparecerá após o símbolo $.), então complete com o comando abaixo que atualizará toda esta distro à versão mais nova (se houver).

$ sudo apt-get -y dist-upgrade

responda S para confirmar a atualização. Caso surja alguma pergunta sobre atualizações não seguras ou certificadas, responda N.

    Caso a distro já esteja na última versão ou esta atualização tenha sido realizada, as próximas atualizações de arquivos serão com esta sequencia de comandos (ligeiramente diferente do citado acima).

$ sudo apt-get update

$ sudo apt-get upgrade



    Eu gosto de usar o terminal Yakuake por este ser no estilo "drop down". Para chamá-lo pela 1ª vez, vá em Sistema > Terminais > Yakuake, após isto é só clicar em F12 para fazê-lo aparecer e ocultá-lo (clicar em qualquer área fora deste também oculta-o), No canto inferior direito do Yakuake (botão do meio), você pode configurá-lo ao teu gosto em tamanho, cor, transparência e comportamento. Vá se acostumando porque tudo no Linux pode ser customizado...
 



 Mas você pode chamar o terminal padrão pressionando as teclas CTRL+Alt+T ou escolher outro. Neste caso, encerre-o fechando como uma janela qualquer ou digitando no mesmo o comando: exit.

    Quem é fã do Ubuntu, vai gostar do Menu K ou lançador (o "Menu Iniciar" do Linux) na horizontal (como a maioria dos usuários Windows estão acostumados).



    Mas se você faz questão de colocá-lo na vertical, como no Ubuntu, relaxa, é só desbloquear o lançador e arrastá-lo para o lado que quiser, lembrando que você pode colocar 4 Paineis com 1 lançador em cada lado completamente personalizado, mas isto não impede de você colocar quantos lançadores quiser. A imaginação aqui, é o limite...

    O Painel pode até parecer com o do Ubuntu mas o Metamorphose não está usando o ambiente Unity e sim o Plasma (o Linux tem inúmeros ambientes que podem ser instalados e utilizados pelo usuário, e a sua seleção é feita na tela de login).

    Quando o W8 foi lançado, a maior crítica e decepção dos usuários foi a falta do Menu Iniciar. Pois bem, muito antes do lançamento do W8, o Linux já estava na vanguarda, pois, você não tem apenas a possibilidade de personalizar o que quiser, mas pode escolher duas formas de lançador, ou se preferir 3 ou 4 formas... pois há vários painéis já prontos e customizáveis (ou como é conhecido no Windows, aquela barra no inferior da tela com o Menu Iniciar, barra de aplicativos, barra de ferramentas, etc.)

    Assim que instalado, o lançador do Metamorphose é neste estilo:



    Na verdade é um lançador bem organizado. Favoritos são todos aqueles aplicativos que você mais usa ou faz questão de colocá-los aí (basta clicar em qualquer aplicativo com o botão direito e clicar em "Adicionar aos favoritos"), para retirar é o mesmo processo. Isto permite que ao usar o lançador, tudo o que você mais costuma usar estará ali, logo de cara; Aplicativos é aonde todos estão reunidos e organizados por categorias; Computador é a forma de acessar as tuas outras partições do HD ou dispositivos conectados via USB, rede e a pasta do usuário (Home); Usados recentemente, já disse tudo, e poupa o trabalho do usuário à voltar a chamar aquele aplicativo repetidamente de forma direta; Sair traz as opções de encerramento já bem conhecidas.

    Contudo, tem gente que não gosta deste estilo de lançador e prefere o modo clássico que vem reinando desde o Macintosh:



    De cara, já deu para perceber que o Metamorphose não economizou em aplicativos. Tem muita coisa! Embora muita coisa possa ser instalada dos repositórios fácil, fácil, é provável que você leve um tempo para escolher o que você não quer usar. Para mudar o tipo de lançador, é só clicar com o botão direito neste.

    Vai surgir algumas opções, desde esta mudança de visual; editar todo o teu lançador (mudando a posição dos ícones e a s suas propriedades); incluir algum widget,etc. A palavra Painel no Linux é toda aquela barra horizontal - tem vários tipos já prontos - e se por acaso, você escolheu Remover Painel, relaxa, no canto superior direito tem um pequeno ícone, neste você pode escolher em instalar um painel padrão (aquele que você tirou) ou algum dos inúmeros já prontos. Vale até brincar um pouco para conhecer todos da lista. Em termos de configuração e personalização o Linux é como uma quantidade enorme daqueles blocos de montar Lego que você pode usá-los do jeito que quiser... Ah! há sempre uma opção para desfazer ou configurar no modo padrão, caso você tenha "bagunçado" muito...

    Esta distro tem tanta coisa, que em efeitos gráficos e possibilidades de personalização, deixa até mesmo o W10 numa posição bem vergonhosa. Para não dizer que eu exagero, aqui está um exemplo de quantas formas de Área de Trabalho você pode ter e combiná-las com até 20 áreas virtuais independentes.



    Se não parece muita coisa, que tal o teu papel de parede ser uma imagem da Terra via satélite com as constelações à sua volta?


    Honestamente, eu levaria dias para mostrar o quanto se tem nesta distro, e o que pode-se fazer. Eu estou a mais de 12 horas tentando mostrar algo que eu ainda estou meio que dividido se eu escrevo esta postagem ou me delicio com esta distro. Eu já perdi a conta de quantas vezes eu me esqueci que estava preparando esta postagem de tão gostoso que é usá-la, assim como testá-la.



    A próxima distro que eu vou apresentar, tem muito coisa em comum com esta, e eu já a uso há alguns anos. Coisas como o Muon que é semelhante a Central de Programas do Ubuntu, e permite instalar e desinstalar de forma gráfica muita coisa! Por isso, este e outras coisas que eu irei descrever na próxima distro, pois também valerão para esta (usando o KDE, e o ambiente Plasma), evitando textos redundantes. Agora com estas duas, eu estou dividido em qual destas será a minha "distro oficial".

    Ah! e antes que eu esqueça, você pode até customizar a inicialização do Metamorphose, tem alguns GUI já na distro e centenas de outros para baixar diretamente.

    Este é o padrão.




    E este, é um entre outros:




    Agora é com você. Baixe a imagem e rode direto numa MV ou direto de um DVD ou pendrive, e leve-o para onde quiser. É grátis!