domingo, 20 de abril de 2014

O Eu & eu (introdução)





Resolvi tornar público algo que faço com muita naturalidade: Relaxar-me, fechar os olhos, e voltar a minha consciência para o silêncio do âmago do meu ser.



Se tenho alguma dúvida sobre algo, faço-o da maneira mais simples e objetiva possível.



Dependendo do que pergunto, a resposta pode surgir logo, ou então dias ou semanas depois. Como não tenho pressa, não fico ansioso por uma resposta rápida (até porque, eu já sei que ela chegará no momento certo).

Não preciso ficar relaxado minutos a fio para ter a resposta à minha pergunta. Simplesmente a faço e esqueço (sei que serei lembrado da mesma em algum momento em que eu estiver relaxado, descansando ou apenas contemplando alguma coisa que “roubou” a minha atenção.



Antes de mais nada, já vou afirmando que não ouço “vozes” nem vejo ninguém. Apenas as “respostas” surgem na minha mente como uma ideia completa (não preciso racionalizá-la). Tudo nos seus mínimos detalhes estão bem nítidos e não preciso decorar nada com o medo de esquecer (sempre que quiser pensar a respeito a “resposta” voltará como um todo, nítida e completa).



Junto a cada “resposta” sinto uma “sensação” indescritível de que a mesma é confiável. Sei o quanto para eu é difícil expressar algo tão subjetivo em palavras, sempre sinto que elas ficam muito aquém do que deveriam representar...

Talvez a melhor forma de fazer alguém entender, seria dizer que a “resposta” é uma pintura abstrata, rica em detalhes surgindo à mente. O problema é transformar isso em palavras (e haja palavras). Mas na realidade, não vejo nenhuma “pintura”.



Como sou ligado em tecnologia, vou dizer que essa “resposta” é uma espécie de “download mental” (não me pergunte de onde). É como se o conteúdo de um livro fosse exposto à tua mente, da primeira até a última página (só não me pergunte o autor).



Durante muitos anos eu achava que isso era comum à todas as pessoas, mas com o tempo fui percebendo que não (pelo menos não do meu jeito). Foi aí que comecei a compreender melhor o silêncio.



Eu deixo a cargo do leitor o julgamento, teoria, explicação e etc. do que quiser fazer sobre o que descrevo. Honestamente não vou me importar, pois falo de algo que nada tem feito de mal à minha vida ou saúde. E muito menos tem me transformado em um psicopata ou esquizofrênico.



Há uns tempos atrás, veio-me uma sensação do tipo “é hora de escrever”. Com tantas coisas em mente e sem saber o que poderia ser interessante, resolvi deter-me a escrever sobre o pode fazer o leitor refletir (por si mesmo), e de alguma forma, levar uma centelha de luz dentre as tantas que eu recebi.



De graça eu recebi, de graça passo adiante. Se vai mudar alguma coisa, eu não sei, mas sei que fazendo isso, meu eu está em paz.



(continua)

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