quinta-feira, 19 de maio de 2016

Deep Web - A curiosidade que dá medo em muitos - Atualizado em 21-Mar-2017


    A Deep Web (DW) já não é tão nova assim para atiçar a curiosidade de muitas pessoas e nem tão pouco falada para que tantos tenham medo desta parte da WEB. Mas uma é certa: Tem muita gente descrevendo a DW como a porta do inferno na internet (da feita que você entra a tua alma já era...), tem até pastor pregando que foi o capeta que criou a DW para atrair as almas descuidadas que vivem o dia inteiro online nas redes sociais ou navegando na WEB...

    Emfim, desde criança já me contavam que este mundo é meio louco, mas não por conter tanta gente louca, mas por ter muita gente que "pensa como louco" por não entender o que existe e porquê existe.

    É até natural a curiosidade humana, mas fica esquisito quando essa curiosidade somente vê o que não presta, e o pior ainda é que muitos que mal sabem o que é a DW saem falando ou escrevendo horrores. Tudo bem que a DW não é nenhum parque infantil, mas também não fica a dever para o Yahoo Respostas, tratando-se de qualidade...

    Seja que rede você está usando, você não é jogado para páginas criminosas ou de conteúdo hediondo ou erótico. É você que está com o mouse ou teclado, e tem a liberdade de navegar por onde quiser, ninguém te obriga a ver porcarias! A DW não vive apenas de porcarias e se estas estão lá (como na superfície) apenas estão porque há um grande comércio por trás.

    Tem tanta coisa repugnante na superfície que não fica a dever para DW. A grande diferença é que estas porcarias não precisam ficar escondidas na DW, então tem-se a sensação de que há muita coisa que não presta.

    E nem precisa ir muito longe para constatar isso: Redes sociais que utilizam criptografia ponto a ponto como o WhatsApp (que trabalha na superfície), é largamente utilizado para o tráfico de drogas, armas, prostituição infantil), além de servir de galeria de horrores pois toda semana aparecem vídeos e fotos de execução de pessoas (bandidos ou não) ou de vítimas de acidente de veículos (algumas ainda agonizando antes morrer...), emfim, um um tipo de reality gore.

    Pelo fato das redes na DW serem mais lentas e poucas possuírem motores de busca ou terem catálogos ou mesmo listas de links não tão atualizados, dá-se aquela ilusão de que só existe o que é mostrado. Essa ilusão é em grande parte culpa do próprio internauta que já acomodou-se a recorrer ao Google para tudo o que quer (tem muita gente que já sabe o link mas usa o Google só para clicar).

    E como falar mal parece chamar mais a atenção, fica sempre aquela ideia de que a DW é uma "ratoeira" aos internautas ingênuos. É claro que há riscos, mas apenas para os irresponsáveis, pois as regras de segurança à serem usadas são as mesmas que todo internauta deve usar na superfície.

    Por que será que há tantos golpes cibernéticos na superfície? Porque pelo menos 80% dos internautas baixa a guarda ou acredita cegamente que tudo resolve-se usando um antivírus. A DW não é ruim, ruim são os cibercriminosos e os internautas desleixados que deixam as suas máquinas vulneráveis.

    A verdade é bem simples: Você só vai dar de cara com o que não presta se procurar por isto. No anonimato, a única pessoa em que você deve confiar é você.

    Também já está mais do que na hora de acabar com essa criminalização generalizada ao citar a DW. Tratar a DW como uma "região promíscua" da WEB é muito injusto. Excelentes profissionais de jornalismo conseguem trazer à tona material que deve ser do conhecimento público mundial; pesquisadores dedicados varrem com um "pente fino" arquivos esquecidos ou simplesmente desprezados, apesar do excelente conteúdo; organizações humanitárias apenas conseguem manter o seu pessoal vivo comunicando-se de forma segura e garantindo suprimentos para a manutenção de suas obras; e assim por diante.

    Mesmo parecendo ser bem grande o comércio ilegal e criminoso (inclusive bombardear as listas de links) lá no fundo, vemos que este número é pequeno (apenas é muito repetido), pois estes são sempre os mesmos poucos nomes que aparecem e não refletem o grande e bom conteúdo que sobrevive sem propagandas.

    Vamos cair na real: Quem mora em uma grande cidade acredita que é mais fácil conseguir alguma droga na DW do que ir até alguma esquina, escola, faculdade, bar ou em uma festa? Quem é dependente químico, viciado mesmo, com certeza já chegou a vender o próprio computador para comprar drogas; que viciado vai ainda esperar pelo correios a sua droga?

    Talvez esta realidade até possa valer em países onde o tráfico de drogas dá pena de morte ou prisão perpétua (e mesmo assim o pessoal destes países continuam traficando...).

    Ingenuidade é acreditar que o que há na DW não há na superfície...


    Deixo (aqui) um link sobre a DW para você divertir-se um pouco, aproveite e pesquise sobre outras pessoas, lugares, coisas, etc e ria à vontade!