quinta-feira, 21 de agosto de 2014

"Sempre Ligado" (caia fora dessa loucura) - Atualizado em 14-Mar-15


    Você está de férias, mas checa os e-mails do trabalho assim que acorda. E fica preocupado se o hotel não tiver um bom wi-fi ou se o seu celular não tem sinal.

     Esses típicos indícios de que você pode sofrer do estresse conhecido como "sempre ligado", que afeta pessoas que não conseguem largar de seus smartphones.

     Para alguns, os aparelhos os liberam de uma rotina rígida no escritório. As horas de trabalho ficaram mais flexíveis, dando mais autonomia ao funcionário. Para outros, no entanto, os smartphones se transformaram em verdadeiros tiranos dentro do bolso, impedindo que seus usuários se desconectem do trabalho.

     E essa dependência torna-se cada vez mais preocupante, segundo observadores.



     Passar um tempo no telefone e um tempo sem ele, aproveitando tua família e teus amigos é o ideal e uso correto de qualquer celular.

     Alguns empregadores estão percebendo que não é muito fácil manter esse equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Alguns precisam de ajuda externa.

     A montadora alemã Daimler, por exemplo, recentemente passou a oferecer um apagador automático de e-mails para funcionários de férias, reconhecendo que muitos tem dificuldade em se desligar do trabalho

     Os impactos dessa cultura do "sempre ligado" são que a tua mente nunca descansa, você não dá ao teu corpo o tempo para se recuperar e você fica sempre estressado.

     E quanto mais cansaço e estresse, mais erros cometemos. A tua saúde mental e física pode e vai sofrer, será mesmo que tudo isso vale a pena?

     O fato de podermos estar conectados ao trabalho em qualquer lugar do mundo está fomentando inseguranças.

     Há uma enorme ansiedade quanto a delegar, há várias pessoas exaustas porque viajavam conectadas o tempo todo, independentemente do fuso horário em que estivessem.


     As mulheres causam preocupação em especial: muitas passam o dia trabalhando, voltam para casa para cuidar dos filhos e ainda fazem uma jornada extra no computador antes de dormir.

     Essa jornada tripla pode ter um grande impacto na saúde.

     O presidente da Sociedade Britânica de Medicina ocupacional, Alastair Emslie, concorda, alegando que centenas de milhares de Britânicos relatam anualmente sofrer de estresse no trabalho - a ponto de adoecerem.

     As mudanças tecnológicas contribuem para isso, sobretudo se fizerem os funcionários se sentirem incapaz de de lidar com as crescentes demandas ou perderem o controle sobre sua carga de trabalho.

     Dados indicam que os Britânicos passam até 11 horas diárias consumindo mídias; e o Brasil tem um dos maiores índices globais de uso diário de smartphones (cerca de 1 hora e meia a mais).

     E, com o crescimento no número do smartphones, cresce também a quantidade de dados à nossa disposição - o que pode levar a uma espécie de paralisia.


     Isso cria mais estresse no ambiente de trabalho porque as pessoas estão tendo de englobar uma quantidade maior de informações e meios de comunicação, e é difícil gerenciar tudo. Torna-se mais difícil tomar decisões, e muitos perdem produtividade por estarem sobrecarregados e sentirem que nunca escapam do trabalho.

     Ficar checando e-mails é trabalhar, mas muitas vezes não é algo produtivo, a checagem constante de e-mails fora do escritório pode, em alguns casos, desrespeitar legislações trabalhistas. Isso coloca em risco o dever da empresa em zelar por seus empregados.

    Uma pesquisa da empresa TI SolarWinds diz que mais da metade dos trabalhadores entrevistados sente que é esperado que eles trabalhem mais rápido e cumpram prazos menores por estarem mais conectados. Quase a metade deles acha que seus empregadores esperam que eles estejam disponíveis a qualquer hora e qualquer lugar.

     Claro que tudo é negativo e que essa ideia de estar "sempre conectado" está na verdade, ajudando os trabalhadores a gerenciarem o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

     A chave é fazer com que essa flexibilidade aja em teu favor e ser disciplinado quanto ao uso de smartphone.



     Ou seja, se você vai sair de férias, lembre-se de ativar os alertas que avisarão que você estará "fora do escritório", de desligar o seu telefone e mantê-lo longe do alcance quando for dormir.

     Lembre-se de que raramente você é o "único" capaz de resolver algum problema no trabalho.


    Agora falando sério, por que adultos que vivem dando lições de moral aos adolescentes, cometem os mesmos erros com um agravante pior que é atentar contra à própria saúde não ficando longe de um smartphone e mais perto da própria família?

    É até compreensível que os jovens cheios de vigor e disposição exagerem um pouco na dose. Mas e quanto aos adultos que provém o sustento de suas famílias através do trabalho, e ariscam-se tanto para se sobressaírem, tornando-se vítimas da própria obsessão, e que apontam o dedo quando trata-se dos filhos?


    Dar continuidade ao trabalho através de qualquer dispositivo móvel é trabalhar de graça à toa; não vai ganhar nenhuma promoção ou aumento salarial; não vai melhorar o teu rendimento ou tornar-te mais sábio.

   É impressionante que as mesmas desculpas dadas pelos adolescentes são aplicadas pelos adultos para justificar as suas "responsabilidades".

    Toda a tecnologia veio para facilitar e simplificar a vida de qualquer pessoa, e não escravizá-la.

    De que adianta os adultos irem para a academia, praticar esportes, parar de fumar e beber se eles não dão nenhum descanso ao seus cérebros, às suas memórias?

   Ninguém estará bem de saúde sem equilibrar o físico e o mental. De que adianta um corpo delineado e bonito, mas uma mente cansada, estressada, esgotada e escrava de um pequeno dispositivo eletrônico.

     Não é exagero não, mas tais atitudes apenas vão acelerar o teu encontro a seis palmos abaixo da terra.

Apenas uma pergunta bem simples: Você vai querer ser enterrado com o teu smartphone também?






 




    Ainda bem que eu não sou o único que pensa e vive de forma livre, sem nenhuma corrente tecnológica roubando o precioso tempo da minha vida e de tudo o que há de real nela eu posso usufruir, principalmente as pessoas de verdade, e não centenas de "amigos" virtuais.



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