quarta-feira, 13 de maio de 2015

Atualização, Incrementação e Substituição (Parte 02)




 
    Agora vamos ver como deixar a tua máquina mais "top" sem gastar muita grana. Atualmente existe aquela ideia de que um bom computador deve ter um processador top de linha, afinal o processador é que determina a velocidade de processamento, ou como a maioria gosta de dizer, a velocidade final da máquina. Mas (e lá vem o maldito "mas"), nem sempre trocar o teu processador por um outro mais "potente" quer dizer passar a ter mais velocidade, desempenho, processamento, etc.

    Vamos então desfazer alguns mitos e compreender melhor o que torna um computador mais veloz ou mais lento. Sei lá, mas deve ser aquelas ideias dos anos 90 que ainda reinam na boca dos vendedores, e que eles disparam palavras como "giga-hertz" feito loucos para tentar vender um computador, que é a causa desta grande ilusão de que um processador muito veloz, quer dizer um processamento veloz.

    Eu acredito que todos já ouviram aquela analogia que mostra o processador como o cérebro do computador. É, a analogia até que procede mas (de novo...), apesar do "cérebro" ser importante, este não vai fazer nada sozinho...

    Tal como um ser vivo, um computador é um conjunto de sistemas que devem trabalhar em harmonia e que são dependentes entre si, e esta dependência tem tudo a ver com desempenho de um computador ou a falta deste no mesmo.

    Se o teu computador está lento para atender as tuas necessidades, vejamos os componentes-chaves  de um computador:


  • A fonte de alimentação;
  • A placa mãe;
  • O processador;
  • A RAM.

    Desconsiderando o teu Sistema Operacional (SO) e o HD, estes 4 componentes são determinantes no que diz respeito ao desempenho do teu computador. É simples demais resumir a falta de desempenho a apenas 1 ou 2 itens - geralmente os campeões na boca dos "técnicos", são o processador e a RAM.

    Quem costuma dar estas sugestões, não deve conhecer muito de TI, pois "receitar" uma nova memória ou um novo processador, e não falar nada da placa mãe (exatamente aonde ambos componentes vão ser instalados), é muita falta de noção!



    Toda placa mãe tem uma característica própria que abrange a necessidade do então usuário - algumas são dedicadas à tecnologia HDMI, outras ao áudio 7.1, etc.

    Mas uma coisa é certa. Seja qual for o melhor processador e RAM, ambos vão funcionar dentro dos limites da placa mãe, assim como qualquer outro dispositivo conectado à esta. Ou seja, quem dá as cartas neste jogo de desempenho é a placa mãe. Vamos ilustrar uma "condição" hipotética: Se a tua placa mãe possui uma "velocidade" de barramento de 1,2 GHz (que é a frequência máxima que esta suporta) , o teu processador de 3 GHz apenas vai processar os 1,2 GHz que é o limite da tua placa mãe, embora processe outra velocidade com a tua RAM e assim por diante com outros periféricos.

    Uma analogia bem simples, é a de você ter aquele carro que atinge 402 Km/h (250 MPH), para passear no centro da tua cidade em pleno horário comercial. A tua placa mãe é toda aquela infraestrutura que controla o trânsito, não adianta querer correr, logo logo você vai ter que "dividir" o teu direito à velocidade com os outros. A diferença é que no computador não há excesso de velocidade...

    Legal, mas e a RAM? Vamos derrubar mais um mito (ou a esperteza dos vendedores). A memória não é apenas uma questão de quantidade de Gigabytes (ou a capacidade de armazenamento), tudo bem que é um quesito importante mas (ele de novo...), a memória também tem o seu limite de velocidade de leitura e gravação, ou seja a frequência. Pegando o exemplo hipotético feito acima, e incluindo uma RAM de 4GB mas com uma frequência de 800MHz, mesmo que a tua placa mãe tenha 1,2 GHz, esta apenas vai poder trabalhar com a tua RAM nos míseros 800 MHz, porque este é o limite de leitura/escrita da tua RAM!

    Resumindo, Nem sempre o vilão da falta de desempenho é o processador. Como eu já havia afirmado na parte 01, são muitas as variáveis que podem causar uma falta de desempenho.

    Se pegarmos os exemplos citados acima, veremos que o processador é muito bom, mas este está além da capacidade limite da sua placa mãe, e esta muito além da sua memória RAM.

    Fique de olho pois tem muitos computadores com processador Intel i7 com uma placa mãe e RAM de frequência inferior. É bem provável que você queira saber o porquê, não é? Pense bem, se você chega a uma loja e vê um PC com um processador Intel i7 e 4GB de RAM por um preço, digamos "conveniente", parece que o mesmo "caiu do céu" para você. Mas é isto que os vendedores querem que você pense! Você olha aquele PC praticamente te pedindo para ser levado, com o W8.1 (interface Metro), 3Ghz, 4GB... é o teu sonho. O sonho de apenas olhar para os nomes de marca: Intel e Windows!

    E aonde entra a fonte de alimentação? Na verdade, é esta que vai dedurar o computador com tantos componentes "maravilhosos", com um Windows belíssimo, mas uma placa mãe que fica a dever e talvez a RAM também.





    É tudo uma questão de Física (neste caso, eletrônica). Uma excelente placa mãe, um excelente processador, RAM, etc... Quer dizer que vai exigir uma excelente fonte de alimentação ATX Real para dar conta de suprir todos os recursos da máquina e ainda ter folga.

    Se você olhar na parte traseira do gabinete vai notar se a fonte é do estilo padrão (fontes nominais) ou visivelmente robusta (fonte Real) e bem melhor acabada, via de regra uma fonte Real não vem em um gabinete comum.

    Então, se o computador que você vê que é "top de linha", vem num gabinete com uma fonte padrão, mesmo que o gabinete seja "top", desconfie. Muitos recursos exigem muita energia, algo que uma fonte nominal não vai suprir. Ou seja, este computador "top de linha" está sub configurado.

    Se o teu computador novo de repente começou a travar ou reiniciar sem avisos, o "problema" pode ser a fonte de alimentação...

(continua)   

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