sábado, 27 de junho de 2015

Dicas para usuários Windows - Aplicativos (parte 04)


Vivendo sem o Windows Explorer

    Tem certas ocasiões que você não vai poder usar o Windows Explorer (WE), e geralmente isto ocorre quando você tem que trabalhar diretamente no prompt de comandos, através de um Disco de Restauração ou iniciando o teu Windows no Modo de Segurança com prompt de comando, ou seja, usando o velho e bom DOS.


    Se este é o teu caso, provavelmente você está fazendo alguma manutenção para fazer o teu Windows voltar a trabalhar com a interface gráfica ou está realizando algumas operações cruciais como a recuperação ou correção dos teus dados no HD e até mesmo a desfragmentação de discos via DOS que é mais rápida - pois menos recursos são usados e sobra memória e desafoga o processador para dedicar-se a este fim.

    Enfim, ainda nos anos 90, todo mundo que usava o Windows, começava e aprendia a dominar o básico do DOS, pois descobria que este é fundamental para resolver problemas aparentemente sérios com poucas linhas de comandos. A galera de hoje (geração "Z") que acha-se "evoluída", vive gastando dinheiro levando o PC para manutenção por desconhecer o básico do DOS e tornou-se escrava da interface gráfica.

    O DOS não foi entrando em desuso por falta de eficiência, mas por culpa da própria Microsoft que foi escondendo-o cada vez mais (assim como muitos aplicativos do sistema), pois a galera usava o DOS para driblar as "restrições" ou omissões do Windows usando a interface gráfica.

    O que fazia-se antes no Windows (ainda pode-se, é claro), era algo muito próximo ao que os usuários Linux fazem ainda hoje, e graças a Microsoft foi criando-se aquele mito de que o Linux é um sistema complexo que ainda precisa usar linhas de comando! Todo usuário Linux sabe que usar a linha de comando em muitos casos é mais prático e rápido! Mas isso vale tanto para o Windows quanto para o Linux, porém como o Windows não é um software livre, a Microsoft já estava cansada de ser "passada para trás" pelos usuários que dominavam o DOS e invalidavam todas as restrições que a interface gráfica tinha, além de habilitar muitas outras "funções" que não estavam disponíveis.

    Desde o Windows 95 você sempre pôde usar múltiplas Áreas de Trabalho, mas a Microsoft nunca habilitou-as no Painel de Controle, e tudo isso, porque nesta época a Microsoft vivia em guerra com o Linux, fazia propagandas pesadas criticando tudo o que podia haver no Linux e escondendo todos os erros e bugs do Windows (bem, esta até que tentava...). Por isso a Microsoft não habilitou as Áreas de Trabalho para não parecer-se com o Linux, afinal este recurso é usado nas variantes do UNIX, o que inclui o Macintosh, e como Bill Gates roubou as "janelas" da Apple, usar este recurso era meio que admitir "- Foi sem querer, querendo...".

    Mas não precisa fazer cara de choro não. Use o Multi-Desktops pois este micro aplicativo vai te disponibilizar 4 Áreas de Trabalho  para você usar! Pegue-o na minha nuvem, já zipado e pronto para rodar sem precisar instalar (aqui), apenas descompacte-o na pasta de tua preferência ou em um pendrive para fazer charme no PC dos seus amigos. O Multi-Desktops ficará na Área de Trabalho  como uma janela suspensa (arraste-a para um lugar mais conveniente) com as 4 Áreas de Trabalho  para você mudar de uma para outra quando quiser. Clique com o botão direito para fechá-la ou defini-la sempre visível ou não.   

    E já vou logo dizendo que usar o DOS não implica em conhecer linguagens de programação, o DOS é um conjunto de comandos - que na verdade são aplicativos - que possuem parâmetros ou digamos, um tipo de sintaxe na hora de escrevê-los, algo tão simples quanto usar um editor de textos e mais fácil que usar uma planilha eletrônica.

    Contudo, as vezes o usuário precisar navegar pelos diretórios - seja para verificar se está faltando algum arquivo, ou utilizar algum arquivo de forma gráfica, porém se o usuário inicializou o Windows via prompt de comando então ele não vai conseguir chamar o WE. Pode até tentar mas não vai adiantar. Contudo tem um gerenciador de arquivos alternativo, o CubicExplorer.


Este pode ser encontrado facilmente na internet, mas para usar você tem que instalá-lo (algo que nem todo mundo gosta de fazer), e por tratar-se de uma necessidade temporária eu deixei então o CubicExplorer na minha nuvem, já zipado e pronto para rodar sem precisar instalar, é só descompactar para um pendrive ou qualquer pasta que desejar no HD e rodar, afinal este tem menos de 2MB (aqui)




    O CubicExplorer também tem umas "ferramentas" que batem o WE, pois reúne num mesmo aplicativo, tocador de áudio e vídeo, visualizador de imagens e textos simples, além de ser personalizável.


    Nestes casos você pode tocar as suas músicas ou vídeos numa pequena janela (Quickview), podendo redimensioná-la ou na área principal da janela ou ainda em ambas!

  
    Na verdade, você pode deixar um clip tocando num canto e visualizar arquivos diretamente sem precisar ainda abrí-los.


    Bem, já deu para ver que o CubicExplorer é uma verdadeira mão na roda na hora de fazer uma manutenção via prompt de comandos e ainda poder curtir um som enquanto aguarda o seu programa em DOS terminar o trabalho. Espero que goste.

domingo, 7 de junho de 2015

Deep Web, o filme (documentário)





    Lançado um documentário sobre  a Deep Web. Um documentário que explora a ascensão de uma "nova" Internet; descentralizada, criptografada, perigosa e desafiando as leis.

 É claro que não vai contar tudo mas pelo menos, não é um vídeo como muitos no YouTube que fala mais das bizarrices ou de como deve-se fazer para configurar ou baixar o Tor, Tails, Freenet, I2P, etc.

    Contudo, não é um filme de suspense ou ficção no estilo de "A Rede" ou "Matrix". Na verdade passa a maior parte como uma "propaganda solitária" sobre a inocência do administrador do site Silk Road Ross Ulbricht, também conhecido como Dread Pirate Roberts. Todos sabem que o SR chegou a ser o maior mercado negro online na venda de  drogas, sem contar o que rolava além disso.

    Pois é, ainda que meio patético ver neste documentário a inútil mas compreensível luta de uma mãe pela absolvição de seu filho, como se houvesse diferença entre vender drogas no mundo real  e online. Também muitos movimentos e simpatizantes do software livre, da liberdade e privacidade na internet, na minha opinião meio que misturaram muita coisa.

    Crime é crime, seja na vida real ou virtual. Eu defendo mesmo o direito a privacidade e até ao anonimato, desde que estes não violem nenhuma lei. Usar a tecnologia como ferramenta para o cometimento de um crime não é muito diferente de usar uma criança para o mesmo propósito.

    Muitos que não gostaram dos resultados obtidos pelas autoridades, e da própria justiça, assim reagem pela "perda" da facilidade em comprar drogas. Nesta inversão de papeis, os dependentes químicos nem percebem que eles são vítimas dos traficantes - e da própria estupidez. Por que ainda o ser humano acredita que deve depender de substancias que alteram o seu estado de consciência?

    Com tanta coisa boa no mundo, tantos lugares belos e povos maravilhosos, pra que enganar o próprio cérebro se a vida vai continuar do mesmo modo?

    Se tem algo de positivo neste filme, é o de mostrar que não importa o que você é ou faz. Mas se escolher a vida das drogas e do mercado por detrás destas, você só tem dois caminhos com um fim bem próximo: A cadeia e/ou a morte.


    Então pegue a pipoca e divirta-se!

Escolha qualquer um dos links abaixo.












quarta-feira, 3 de junho de 2015

A corrida das "camadas" da Deep Web - Atualizado em 21-Mar-2017



    A humanidade já atravessou na sua história várias épocas de corridas procurando algo valioso. Nós já tivemos a corrida do cobre, da prata, do ouro, dos diamantes, da Lua... e por aí vai. Agora com a computação bem estruturada, a nova corrida é pelas "terras desconhecidas" do ciberespaço ou como mais conhecemos, as "camadas" da Deep Web (DW).

    Todo mundo quer saber (e dizer) a respeito das "camadas" da DW, e de volta vem aquela insaciável curiosidade sobre o que pode ter ou fazer-se nestas "camadas".

    De certa forma elas tornaram-se até mercadorias de consumo, pois você já imaginou se pudesse ganhar um único centavo por cada pesquisa feita sobre estas "camadas"? E pode ter certeza que tem gente lucrando com este assunto, seja em páginas web, seja em vídeos no YouTube, livros... Eu já estou até aguardando o surgimento de uma distro Linux do tipo: "Deep Web Live", que nem aquela distro Anonymous-OS que atraiu como abelhas no mel, milhares de downloads, até o próprio movimento Anonymous se manifestar esclarecendo que não tinha nada a ver com esta distro. Para mais detalhes sobre este fato leia (aqui).

    No mundo do "curtir", "seguir", "adicionar" e "compartilhar" quase automáticos nos dedos dessa geração conectada, tópicos como esses levam milhares de internautas a entrarem de cabeça em assuntos "atraentes", "curiosos", "bizarros", "instigantes", "sigilosos", etc e que estas são as palavras-chaves mais usadas quando se posta alguma coisa sobre a DW.

    Tá certo que tem tudo isso na DW (mas aonde é que tudo isso não existe?), e leva milhares e milhares de internautas à uma ilusão de um "outro lado", um "Matrix" ou uma possibilidade de realizar contatos imediatos com os nossos "irmãos" extraterrestres! Uau! Eu "viajei" mesmo agora...

   Poxa, se eu fosse um cara ganancioso e bem pilantra, eu pegaria tudo o que aprendi de eletrônica e computação, e escreveria numa linguagem bem atraente e estruturada com muitas histórias sobre essas "camadas", cheias de mistérios, suspense, perseguições e conspirações para todos os gostos... Mas eu confesso que não tenho o talento de Juan José Benítez López autor da série literária de ficção Operação Cavalo de Troia.

    É impressionante como o "mistério" (alimentado por muitos) e a curiosidade enorme por essas "camadas" levem milhares de internautas a bombardearem o Google com perguntas sobre como entrar na "camada" x, y ou z. Essa galera vive procurando por um "passaporte" para entrar numa determinada camada, ou pelo menos, um "visto de turista". Fala sério...

    Será que essa galera ainda não entendeu  que a WEB é uma única rede mundial, sendo uma "parte" chamada de superfície e a outra "parte" de DW, mas que no final das contas é a mesma rede?

    Redes criptografadas e proxys não são exclusividades da DW, aliás é o que mais tem na superfície (mas você não percebe né?), se não fosse assim, não haveria segurança digital e privacidade nem no teu próprio email (desconsiderando o trabalho das agências de segurança de vários países que vivem fuçando a privacidade alheia, silenciosamente).

    Qual é a diferença entre uma sub-rede qualquer e uma "camada" da DW? Nenhuma! Uma sub-rede (ou rede privada, se preferir) é um pequeno ramo da WEB que tem como ponto de acesso requisitos únicos e pessoais pelos que criaram-na. Nem um pouco diferente de milhares de outras sub-redes que pertencem a empresas privadas, bancos, universidades, governos, etc.



    Quem monta uma rede, define quais os tipos de classificações esta deve possuir, e estas combinações podem ser de milhares de formas. Para ter uma ideia melhor de como uma rede pode combinar diversas características, dê uma olhada (aqui).

    Essa galera pensa que todas as redes são compatíveis com os computadores pessoais. Nenhum PC acessa um Data Center diretamente, mas sim uma camada pré-configurada para poder ser navegada pelo internauta; quando você faz uma simples busca no Google você não penetra no servidor, mas a tua pergunta feita na caixa de pesquisa é levada para um sem-número de servidores de várias formas, e a tua resposta volta como uma simples página de links, sendo que cada link foi "montado" e vindo de qualquer servidor no planeta. Ou seja, como a eletricidade viaja na velocidade da luz, você nem faz a ideia de quantas vezes a tua pergunta deu a volta na Terra até a resposta surgir na tua tela (abaixo, visão parcial de um Data Center do Google).



    A DW apenas é mais lenta que a superfície por causa das criptografias e mecanismos de acesso, fora isso, a DW é igual a qualquer sub-rede de uma companhia (na superfície) que utilize os mesmos "protocolos", vamos dizer assim para simplificar.

    Quanto mais uma rede criptografada cresce, o tráfego na mesma fica mais lento, somando isso a milhões de internautas acessando ao mesmo tempo. Agora, dependendo da complexidade do algoritmo que uma rede utiliza, um PC não dará conta de acessa-la assim tão fácil, pois poderia passaria meses (ou anos) para cada usuário acessar cada nó desta rede.


      Muitas sub-redes na DW criadas por hackers e/ou entusiastas em TI, foram montadas para "PCs turbinados", na verdade está mais para um servidor do que um PC, pois são muitos processadores, muita RAM e muito armazenamento físico envolvido... Ah! e muitas linhas de comando no terminal para configurar e ativar o login. Afinal, tudo é feito para quem gosta de programação e não para dependentes de uma interface gráfica. Cá pra nós há um gostinho especial em fazer as coisas "à unha".

    Então, mesmo que você tivesse o livre acesso e uma conta permanente e gratuita de energia elétrica e internet, teu PC iria ficar ligado durante muito tempo carregando a página - enquanto isso você faria toda a tua faculdade, se formaria, casaria, e talvez quando o teu primeiro filho estivesse dando os primeiros passos, apareceria a tua tela de login para entrar na rede.

    Este tipo de sub-rede é muito comum em redes governamentais que tratam de material sensível. Pra falar a verdade, tem mais DW na superfície do que você pensa!

    A maior parte do conteúdo destas "camadas" já está nas redes Tor, Freenet e I2P. E não teria como não estar lá. Pense um pouco, pois o conteúdo de uma sub-rede na DW é formado por páginas web largadas e bilhões de arquivos no esquecimento. Não se tira uma pagina web ou esses arquivos de um "lugar" e transfere-os para outro, apenas cria-se um link para o "lugar que esta já está". Quem não tem um link não acessa-a, mas não significa que esta não exista e possa ser "redescoberta"...

    É claro que eu não estou afirmando que a maioria das camadas sejam inacessíveis - podem até ser se considerarmos a velocidade de processamento e a tecnologia do PC. Outra coisa que muita gente não dá a devida atenção e que tem tudo a ver com a velocidade de conexão, é a placa de rede (onboard ou offboard) que via de regra, tem a capacidade de processar uma conexão banda larga de até 5Mb/s. Porém existem placas de rede (mais caras, logicamente) que permitem conexões de além 100Mb/s, e dependendo do roteador hoje podem alcançar a velocidade de 1GB/s algo mais do que necessário para quem quer permanecer navegando em redes criptografadas, subindo e descendo arquivos.

    Analogamente a uma pessoa que trabalha com projetos de imagens e vídeos e possui uma excelente placa de vídeo (ou placa gráfica) para poder executar o seu trabalho de forma confortável e exemplar, também programadores e desenvolvedores no universo da WEB precisam de uma excelente placa de rede para realizar o mesmo.

    É claro que existem aquelas sub-redes que rodam através de um computador quântico, devido a complexidade de cálculos, algoritmos e chaves de criptografia muito sofisticados, que são  usados nos mais diversos trabalhos desde acadêmicos até militares.

    A maioria dos internautas que procuram saber como "entrar" em uma "camada", são usuários ingênuos que por falta de informação, acreditam que usando um PC modesto eles vão poder entrar em quantas sub-redes quiserem. Se o PC em questão não corresponde tanto em hardware como em software os requisitos mínimos de uma sub-rede para acessá-la, é pura perda de tempo!

    E só para terminar, Tem "camadas" que o teu acesso é mantido no estilo de uma assinatura. Ou seja nada nada diferente daqueles sites de download ou de serviços pagos na superfície!

    Repito aqui uma resposta minha dada a um leitor, ainda que resumida:

    Seja que sub-rede for, alguém a criou exatamente para não ser um "ambiente" público. Esses "níveis" são apenas redes privadas que você não pede para entrar, você tem que ser convidado, ou ter a habilidade de penetrar. Veja esses "níveis" como uma fraternidade que os requisitos mais comuns (e óbvios) são:
  • Proficiência em língua inglesa (inclua gírias e expressões idiomáticas voltada a programadores);
  • Criptografia, PGP e keys;
  • VPN's, VM's;
  • intimidade com proxys como os usados pelas redes Tor, Freenet e I2P;
  • Saber manusear IPs (DNS, IPv4, backdoor, metadata, etc.);
  • Conhecer as mais comuns linguagens usadas para criar páginas web (JAVA, HTML5, PHP, etc.);
  • Conhecer hardware - dependendo da sub-rede você vai ter fazer "implementações" na tua máquina, ou mesmo reconfigurar ou trocar de roteador;
  • Saber tirar proveito das configurações avançadas dos navegadores (about:config)
  • Usar e conhecer Linux ou outras variantes do Unix usando o sistema de janelas X11, e isto significa saber usar o Bash.
  • Usar uma máquina (PC) dedicada para isso. Na impossibilidade disto. usar uma Máquina Virtual e repassar os teus dados através de uma VPN.

    Certo, ninguém vai te pedir um currículo para te mandar um convite. Vai ser através das tuas conversas (em inglês) em fóruns de TI e na tua participação e colaboração com a galera de lá.

    Não se surpreenda se a maioria das coisas que você encontrar em alguma sub-rede já estava à tua disposição noutra rede (Tor, Freenet, I2P, etc) ou mesmo na superfície.